AVALIAÇÃO DOS TRATAMENTOS FISIOTERAPÊUTICOS NA DOENÇA ARTERIAL OBSTRUTIVA PERIFÉRICA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Resumo

Introdução: A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) do membro inferior provoca claudicações (CI)  e dor intermitentes, em casos mais leves, e dor contínua e perda de função, nos mais graves. O exercício físico parece ser benéfico no controle da DAOP, mas não há um consenso sobre quais as intervenções. Objetivo: Avaliar os tratamentos fisioterapêuticos disponíveis para DAOP e determinar o mais benéfico para a melhora clínica, funcional e da qualidade de vida. Método: Trata-se de uma revisão sistemática e as bases de dados consultadas foram: PubMed, LILACS, Cochrane, e PEDro. Os critérios de inclusão foram: adultos com diagnóstico clínico de DAOP, tratados com terapia por exercício, ensaios clínicos randomizados que obtiveram nota ≥5, na escala PEDro. Resultados: Dos 1026 artigos encontrados na busca inicial apenas 8 estudos foram incluídos. Com um total de 1214 voluntários, com média de idade igual a 67,3 anos ±8,8. As técnicas fisioterapêuticas descritas foram: terapia de exercício supervisionado, exercício não supervisionado, intervenção cognitivo comportamental, uso da estimulação elétrica funcional como coadjuvante no exercício de caminhada e exercícios de bombeamento. Os programas de reabilitação que demonstraram maior eficácia na melhora da CI e na qualidade de vida foram aqueles que utilizaram a marcha até a instalação da dor máxima. Conclusão: A terapia por exercício é o padrão ouro no manejo da DAOP, pois melhora o desempenho deambulatório, aumenta a distância de início dos sintomas e na distância total percorrida, bem como melhora a qualidade de vida. A caminhada foi a estratégia terapêutica de maior representatividade. Palavras-chave: Claudicação intermitente. Doença arterial obstrutiva periférica. Exercícios aeróbico. Reabilitação fisioterapêutica.