CONTRIBUIÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL PARA A QUALIDADE DE VIDA NO AMBIENTE DE TRABALHO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Resumo

A cada dia torna-se mais evidente a prática da ginástica laboral nos mais diversos ambientes de trabalho, sendo uma ferramenta da ergonomia amplamente utilizada na prevenção de doenças do trabalho, em especial Lesões por Esforço Repetitivo (LERs) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORTs). Com objetivo principal de demonstrar as formas de contribuição da ginástica laboral na qualidade de vida e prevenção de doenças, foi analisada a incidência de dores corporais associada a dados sociodemográficos e hábitos de vida (idade, gênero, nível de escolaridade, renda mensal, tabagismo, presença de patologia e prática de exercícios físicos) de 71 técnicos-administrativos de diversos setores do Centro Universitário de Lavras, onde a prática de ginástica laboral é oferecida regularmente. Para a coleta de dados, foram utilizados os questionários de anamnese, para caracterização da amostra, e o questionário nórdico de sintomas osteomusculares (QNSO), com objetivo de mensurar os sintomas osteomusculares. A maior parte dos invidívuos era do gênero feminino (70,4%), idade entre 25-45 anos (71,83%), com ensino superior completo (49,3%), renda mensal de até 2 salários mínimos (76%), não tabagistas (97,2%), sem patologias (85,9%) e sedentários (45,1%). Houve maior incidência de dor nos 12 meses anteriores nas regiões do pescoço, ombros, parte superior das costas, punhos e parte inferior das costas, no entanto, para a maioria, essas dores não foram impeditivas no exercício das funções, bem como não houve necessidade de buscar ajuda médica. Nos 7 dias anteriores, a ocorrência de dor foi menor. Assim, após a análise descritiva dos dados, é possível sugerir que a execução do programa de ginástica laboral no ambiente de trabalho tem sido benéfico para a saúde ocupacional dos trabalhadores. Palavras-chave: Ginástica Laboral; Ergonomia; LER; DORT.